Baruch Habah (Bem-Vindo)

Aqui o nome do Altíssimo é Adorado

O GRANDE E PODEROSÍSSIMO


YAHUH YAHUSHUA

Yahrushalaiym

Yahrushalaiym
Cidade Kadosh

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

YAHUSHUA o verdadeiro nome do Mashiach

O Verdadeiro Nome do Messias


Muitos deixam de buscar viver a essência de seguir o Messias e se enveredam por discussões intermináveis referentes a pronúncias sobre o Nome do Messias, sobre o hebraico e transliteração.

1) Palavras Transliteradas não constituem um Idioma, ela leva em consideração não a escrita, mas a pronúncia.

Ao transliterarmos uma palavra hebraica, é importante sabermos se é uma transliteração do hebraico moderno ou se é uma tentativa de transliterar o hebraico bíblico. Quando buscamos transliterar o Nome do Messias Yahu’shua:







ou Yeshua:





tentamos nos aproximar da pronúncia antiga. Mas como era a pronúncia de uma palavra hebraica a 2000 anos, já que ninguém gravou num aparelho para reproduzir hoje exatamente? Pois o Hebraico moderno não é o mesmo de 2000 anos atrás, assim como o português que falamos hoje não é o mesmo do período do início da colonização do Brasil. Temos sido honestos ao ensinar que a transliteração Yeshua/Yahu’shua ou outra, é uma tentativa e não um fato?

Alguns usam o pouco do conhecimento do Hebraico Moderno Oficial para humilhar os que pronunciam diferente. A discriminação no Brasil para com quem pronuncia de forma diferente não é novidade, mesmo no nosso idioma português vemos o preconceito de alguns, referente ao sotaque.

Alguns debates de pronúncia do que seria o correto no hebraico antigo assemelham-se ao ato preconceituoso de dizer que o correto é usar o som da vogal “ê”, como usam alguns paulistas, ao pronunciar “Boa Noite(ê)”, diferente de alguns nordestinos que usam o som “i” em “Boa Noite(i)”. Se ambos fossem transliterar esta expressão para outro idioma, qual som usariam para a vogal “e” de (Boa Noite) que está escrita na palavra portuguesa? É claro que o paulista transliteraria de uma forma e o nordestino de outra, mesmo ambos vivendo na mesma época.

Imagine definir quais vogais eram pronunciadas a 4.000, 2.000 anos atrás, quando só as “consoantes” eram escritas? Requer no mínimo humildade, não acha? Pesquisas são feitas para tentar remontar a pronúncia, umas são mais coerentes que outras, e algumas totalmente improváveis, entretanto são tentativas, e não vale à pena acirrar os ânimos com os irmãos por causa de sons de vogais que nem eram escritas, por não serem importantes como as consoantes no Hebraico Bíblico.

No hebraico das Escrituras, as vogais não possuíam a mesma importância das consoantes, as vogais nem são escritas. Hoje muitos têm criado polêmicas e até humilham outros que usam na vocalização algumas vogais diferentes. O orgulho e a cegueira do Hebraico Moderno os levam a querer deter a hegemonia da pronúncia das vogais, de uma língua que não é pronunciada exatamente como na época do Messias. Mesmo no hebraico moderno, a variação das vogais é grande, até mesmo para uma mesma família de palavras como: "kadosh", "kodesh", "kedushá", etc.

Entretanto muitos por terem congregado por anos em religiões de linha romana, ficam fascinados por tudo que se ensinam em movimentos judaicos messiânicos, assim como faziam quando saíram do catolicismo para o protestantismo, crendo que tudo que se ouvia pregar era verdadeiro.

Muitos brasileiros logo se encantam por quem fala (ou arranha) em outro idioma, fruto do subdesenvolvimento e da baixa estima de alguns, imagine brasileiros que não conhecem o hebraico e buscam grupos messiânicos que falam e ensinam em hebraico (ou arranham), acabam aceitando as doutrinas com mais facilidade sem uma acurada pesquisa. E pior, alguns por ficarem maravilhados com a cultura e língua moderna hebraica acabam se afastando do Messias e se focando cada vez mais na “Torá”, a ponto de deixar o Messias completamente para seguir a “Torá”, não a Torá da Escritura, mas a “Torá Oral” cheia de interpretação e acréscimos de tradições de homens. Pois a Verdadeira Torá aponta para o Messias. Alguns, usando a língua e cultura hebraica moderna, buscam desacreditar outros de que Yeshua/Yahu’shua não é o Messias, usam eloqüência e argumentos rebuscados para com os recém fascinados pelo novo idioma/cultura, e estes acabam encantados e decaem da fé, sem uma acurada pesquisa bíblica/histórica.

As tentativas da vocalização:

Na busca de tentar reconstruir a pronúncia do hebraico de 2000 anos atrás, buscam-se textos hebraicos antigos que passaram a registrar as vogais, como o Texto Massorético que foi vocalizado há 1100 anos atrás (século IX), e da Peshitta Aramaica que foi vocalizada há 1600 anos atrás (século IV). A vocalização da Peshitta Aramaica é a mais antiga, descoberta até hoje, e não sofreu influência da tentativa rabínica de evitar a pronúncia acidental do Nome de YHWH nos nomes próprios das pessoas. A vocalização da Peshitta pode ter sofrido influência da pronúncia aramaica, mas isso não a desqualifica. Entretanto as vocalizações são tentativas, já que não existe texto de 2000 anos atrás com a vocalização do hebraico.

Enfim, transliterar significa reproduzir os sons de uma língua para a forma de escrita de outra língua. Assim sendo, pode haver mais de uma maneira de transliterar uma palavra, além do fato de que uma transliteração em uma língua pode apresentar grafia diferente de outra.

2) Não existiu apenas uma única forma de falar e escrever hebraico. O Hebraico Moderno não é o mesmo que o Messias falava, assim como o português que falamos não é o mesmo que os primeiros brasileiros falavam e escreviam, além de existir as pronúncias diferenciadas dos estados (sotaques) principalmente nas diferentes vogais faladas, embora a escrita seja igual. Mas até entre os países de língua portuguesa a escrita não é a mesma, o que explica os esforços de unificação atual desta língua.

Assim também na época do Messias a pronúncia das palavras pelos galileus era diferente dos que moravam na Judéia, existiam também outras variações:

“Ora, estava Kefa [Pedro] assentado fora no pátio; e, aproximando-se uma criada, lhe disse: Também tu estavas com Yahu’shua, o galileu... estava com Yahu’shu, o nazareno... disseram a Kefa: Verdadeiramente, és também um deles, porque o teu modo de falar o denuncia.” Matitiyahu 26:69, 71 e 73

Durante a Idade Média, os judeus estavam espalhados em países diferentes, e a língua hebraica não era pronunciada de forma igual em todos os países. Mesmo hoje em Israel há grupos com pronúncias diferentes, e a transliteração considera não apenas a escrita mas a pronúncia da palavra.



3) A transliteração Yahu’shua busca remontar a pronúncia do Nome antes de todos aceitarem o banimento da pronúncia do Nome de YHWH e até de parte do nome YHWH quando era usado no início dos nomes próprias de pessoas, como prefixo, permanecendo apenas no final dos nomes, em sufixos como: Halelu’Yah, Yesha’Yahu.





A transliteração Yahu’shua, segue a linha de que a pronúncia do Nome YHWH seja “YaHUéH”, considerando o Hebraico antigo em que o Vav teria som de “U” e não de “V”. Os que consideram que o Vav tinha som de “V”, pronunciam “YaHVéH”. Em ambos os casos tratam-se de tentativas de pronunciar o Nome mais próximo possível do original.

Seguindo essa linha, o Nome do Messias provavemente seria Yahu’shua, que significa Yahuéh Salva, como era o nome de “Josué” (Yud-Hey-Vav-Shin-Ayin):



Com o banimento da pronúncia do Nome de YHWH (Yud-Hey-Vav-Hey): a pronúncia do nome de “Josué” também mudou de “Yahu’shua” para “Yeho’shua”, já que o nome de “Josué” em hebraico começava com parte do Nome de YHWH . é bom lembrar que o hebraico escreve-se da direita para a esquerda.

O Nome do Eterno é (Yud-Hey-Vav-Hey) , assim o nome do Messias , na escrita e pronúncia teria boa parte da pronuncia do Tetragrama, DuTillet Matitiyahu traz essa forma de escrita se referindo ao Messias, Münster Matitiyahu no prefácio também usa esse termo. Já a escrita (Yud-Shin-Vav-Ayin) transliterada por Yeshua, traz a influência do aramaico, pois na Peshitta Tanach usa Yeshua (Yud-Shin-Vav-Ayin) onde no texto hebraico do Tanach trazia Yahu’shua (Yud-Hey-Vav-Shin-Ayin). Portanto neste Blog trazemos as opções Yahu’shua/Yeshua, embora usamos mais a primeira.

O Texto Massorético (século IX) vocaliza o Trigrama - , as três primeiras letras do Tetragrama YHWH - . como "Yahu" quando este é usado como sufixo (Yeshayahu) mas vocaliza o Trigrama como "Yeho" quanto este é utilizado como prefixo (Yehoshua). Já a Peshitta Aramaica (século IV) mais coerente vocaliza "Yahu" tanto para prefixo (Yahushua), como para sufixo (Yeshayahu).

Os que propuseram que o Trigrama fosse pronunciado de uma maneira quando prefixo e de outra quando sufixo (mudando o som quando prefixo e mantendo quando sufixo) devem ter tomado esta decisão para evitar que uma pessoas querendo chamar o nome de alguém que começasse com o Trigrama (parte do Tetragrama), fosse interrompida por terceiros, por estes acharem que na verdade ela iria pronunciar o Tetragrama (que havia sido proibido de pronunciar pelos Rabinos), e assim aquela pessoa seria acusada injustamente. Já os nomes com o Trigrama como sufixo não propiciava este risco, por estar no final da palavra, e por isso não mudaram a pronúncia.

Entretanto para nós que não apoiamos o banimento do Nome, não concordamos com tal mudança. Nós utilizamos “YAHU” tanto como sufixo como prefixo.

Após o período de cativeiro babilônico, em Esdras, aparecem as duas formas de escrita:

Yahushua 2:2; 3:2 e 3:8 e 9 entre outros.

Yeshua 2:6, 2:36 e 2:40.

A Bíblia na Linguagem de Hoje indica a diferença em Esdras: Josué (2:2) e Jesua (2:6).

A Bíblia TEB traz Josué em 2:2 e Ieshua 2:6.

Na Septuaginta:

Esdras 2:2

Esdras 2:6



É possível que "Yeshua" fosse um nome utilizado mais freqüentemente no contexto aramaico, e "Yahushua" no hebraico da época. Yeshua era um nome mais usado no dia-a-dia, enquanto “Yahushua” passou a ter uso mais solene/tradicional, por exemplo, ao ser convidado para a leitura dos manuscritos sagrados na sinagoga.

Postado por Alessandro Filgueiras às 14:25 0 comentários

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Marcadores: O Verdadeiro Nome do Messias

Fontes do Livro "Desmascarando Bavel, a Babilônia - O Mercadejar da Fé"

O livro "Desmascarando Bavel, a Babilônia - O Mercadejar da Fé" não se propõe a tratar de algo inédito, como por exemplo, a descoberta de uma nova estrela. O livro trata de assuntos relacionados às Escrituras, sobre as quais durante milênios, foram escritos e abordados assuntos por bilhões de pessoas, portanto beira a soberba achar que algo correto sobre as Escrituras nunca tenha sido dito por outro, aliás, não é nosso objetivo pregar um novo e inédito evangelho (Boas Notícias). Portanto haverá semelhanças com assuntos já ditos ao longo do tempo, pois os assuntos vêm sendo debatidos por milênios e por bilhões de pessoas.

Os assuntos tratados no livro não são novos, nem pretendem ser, muitos foram debatidos (aprovando ou condenando) inclusive há quase 2000 anos pelos “pais da igreja”, pela Igreja Cóptica que não foi extinta pela Igreja Romana (Origem Semita dos Manuscritos Originais do Novo Testamento), por grupos seguidores do messias que não eram católicos durante a Idade Média, mesmo antes da Reforma Protestante, como por exemplo, os Anabatistas (a imersão de adultos), Cátaros, etc. também pelos Reformistas (o comércio da fé, a venda de indulgências, a opulência e riqueza dos líderes religiosos), e por grupos que evangélicos que surgiram depois, Adventistas (shabat, alimentação e a Lei, embora ainda necessitem de rever alguns aspectos destes conceitos), Congregação Cristã do Brasil (o véu, embora ainda necessitem de rever alguns aspectos deste conceito), Testemunhas de Jeová (o banimento do Nome e qual o Nome do Eterno, sobre pronunciá-lo ou não, embora tenham vocalizado de forma incorreta), entre outros evangélicos (a Igreja Católica como a Babilônia de Apocalipse), e pela própria Igreja Católica, além dos ateus (a opulência do clero Protestante e Católico, o mercadejar da fé pelos artistas gospel) e outras religiões não cristãs, embora cada uma tenha sua própria ótica sobre cada assunto chegando a conclusões acertadas ou equivocadas.

Muitos desses assuntos têm sido tratados sobre alguma perspectiva, há décadas, por pregadores brasileiros como Valnice Milhomens que divulgou em primeira mão no Brasil em rede nacional de TV Nome hebraico do Messias: Yeshua Ha’Mashiach e uma série de estudos na TV sobre “Sair de Roma e voltar para Jerusalém” que trata de renunciar as doutrinas acrescidas pela Igreja Romana e voltar ao padrão da Igreja Primitiva em Atos, entre outros, muito antes dos movimentos judaicos messiânicos no Brasil, além de outros pregadores e escritores internacionais, e de grupos judaicos no Brasil que crêem no Messias, como o Torah Viva, que a mais de uma década trata de muitos destes assuntos.

Entretanto muitos grupos se põem como os iluminados, os inéditos, fruto da arrogância, orgulho e soberba, entretanto muitos já morreram por defenderem essas mesmas coisas no decorrer da história.

Postado por Alessandro Filgueiras às 14:18 0 comentários

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SEXTA-FEIRA, 24 DE DEZEMBRO DE 2010

O Principado de Roma e o Ano Novo Gregoriano

A seguir as razões pelas quais os seguidores do Messias não devem celebrar o calendário romano.

Muitos servos do Messias não conhecem o Calendário Bíblico, alguns conhecem mas não o utilizam, a maioria seguem o Calendário Gregoriano (definido pelo Papa Gregório XIII em 1582), reconhecendo a autoridade da Igreja Romana sobre o Tempo, inclusive celebrando o ano novo romano. O Calendário Gregoriano foi a última alteração do Calendário romano.







O primeiro rei de Roma foi o personagem histórico-mítico Rômulo que teria fundado Roma em 21 de março de 753 a.C, o seu calendário era de referencial lunar, cujo ano tinha apenas 304 dias, divididos em dez meses. O ano começava no equinócio da primavera, o primeiro mês era Martius (Março em honra a Marte, deus romano da guerra), e os meses seguintes eram Aprilis (Abril vem do Latim Aprilis, cujo significado é “Abrir”, referindo-se à germinação na agricultura, e outra hipótese sugere que Abril seja derivado de Aprus, o nome etrusco de Vénus, pois este mês era consagrado à ela tida entre os romanos como a deusa do amor, da paixão e da beleza, Vênus, tinha entre os gregos o nome de Afrodite), Maius (Maio em honra a deusa Maia, filha de Pleionéia e de Atlas, foi a mãe de Mercúrio — o Hermes dos gregos, cujo pai era Júpiter) e Junius (Junho em consagração a deusa romana Juno, rainha do Olimpo e esposa do deus Júpiter); daí em diante vinham os numéricos: Quintilis, 5º mês, Sextilis, o 6º, September, o 7º… até December, o 10º mês.

O segundo rei de Roma foi Numa Pompílio (715-672 a.C.), ele em honra a Jano construiu-lhe o templo. Por volta de 700 a.C. fez alteração no calendário de Rômulo, transformando-o em luni-solar, e se adicionava um mês extra, mensis intercalaris de 22 ou 23 dias, de dois em dois anos, assim passou a existir anos seqüenciais de 355, 377, 355, 378 dias, e quem deveria inserir o mês extra era o pontifex maximus de Roma, que buscava manter o calendário em sincronia com os eventos sazonais de translação da terra, o que nem sempre era preciso. Numa Pompílio incluiu dois meses no ano romano, o 11º mês (Unodecembris) foi nomeado de Januarius (Janeiro), em homenagem a deus Jano, e o 12º mês (Duocembris) foi denominado de Februarius (Fevereiro), em menção às festas romanas com este nome. Os romanos adoravam Fébrua, deusa das purificações, que era um sobrenome da deusa Juno, correspondente a deusa Hera dos gregos. Eles realizavam cerimônias de purificação denominadas festas februales em adoração a Fébrua, e da palavra latina Februarius, deriva o termo fevereiro.

No Calendário de Numa Pompílio o ano passou a ter 4 meses de 31 dias, 7 meses de 29 dias e um mês de 28 dias, num total de 355 dias.

A nova mudança no calendário Romano foi feito por Júlio César, que encomendou os trabalhos do sábio Sosígenes, astrônomo de Alexandria, em 46 a.C., e resolveu corrigir novamente o calendário, passando a adotar o ano solar com período de 365 dias e um dia extra a cada três anos. Júlio César transferiu os dois últimos meses do ano (Januarius e Februarius) para o início do ano, assim, Janeiro e Fevereiro passam de 11° e 12° meses para 1° e 2° mês. O que gerou uma confusão de nomenclatura, ao chamarmos de setembro o 9° mês em vez do 7°, Outubro o 10° mês em vez do 8°, Novembro o 11° mês em vez 9° e dezembro o 12° mês em vez 10°.

Mas por que a mudança? Júlio César, que aos dezessete anos de idade, foi nomeado sacerdote de Júpiter, queria que Jano fosse honrado, festejado como o primeiro mês, pois o deus Jano era representado por duas faces, uma virada para a frente outra para traz, uma olhado o futuro, a outra o passado, assim marcaria a passagem de um ano para outro. Jano era tido como o deus que abre e fecha, Jano Clusius "aquele que fecha” e Jano Patulcius "aquele que abre", e assim fecharia o ano velho e abriria o ano novo. A festa dessa passagem de ano de dezembro para janeiro seria uma honra a Jano, uma consagração, uma adoração a ele. Em 46 a.C. Júlio César assinou o decreto estabelecendo a passagem do dia 30 de dezembro para o dia 1 de janeiro, como data para a mudança de calendário. Júlio César também re-nomeou o mês Quintilis com o nome de Julius, numa homenagem a si mesmo, pois ele fazia aniversário no dia 12 desse mês (o mês de Julho).

Foi abandonado o formato luni-solar do calendário romano se fixando para um calendário predominantemente solar, a quantidade dos dias dos meses foi arrumada numa sequência de 31, 30, 31, 30... de Januarius a December, exceto Februarius, que ficou com 29 dias e que, a cada três anos, teria 30 dias, pois um dia extra deveria ser incluído após o dia 24 dia de Februarius, 6 dias antes do 1º dia (Kalenda) do mês de Martius (Março) "ante die sextum kalenda martius", como este dia era contado duas vezes passou a ser chamado de "bis sextus ante kalenda martius" , resumidamente bissextus, em português denominado bissexto. E foi excluído o mês intercalar Mercedonius de 22 e 23 dias que era incluído a cada dois anos.



Rômulo Numa Pompílio Julio César Augusto

Nº Mês Dias Nº Mês Dias Nº Mês Dias Nº Mês Dias

1 Martius 31 1 Martius 31 1 Januarius 31 1 Januarius 31

2 Abrilis 30 2 Abrilis 29 2 Februarius 29/ 30 2 Februarius 28/ 29

3 Maius 31 3 Maius 31 3 Martius 31 3 Martius 31

4 Junius 30 4 Junius 29 4 Abrilis 30 4 Abrilis 30

5 Quintilis 31 5 Quintilis 31 5 Maius 31 5 Maius 31

6 Sextilis 30 6 Sextilis 29 6 Junius 30 6 Junius 30

7 September 30 7 September 29 7 Julius 31 7 Julius 31

8 October 31 8 October 31 8 Sextilis 30 8 Augustus

31

9 November 30 9 November 29 9 September 31 9 September 30

10 December 30 10 December 29 10 October 30 10 October 31

11 Januarius 29 11 November 31 11 November 30

12 Februarius 28 12 December 30 12 December 31

Total de dias 304 Total de dias 355 Total de dias 365 Total de dias 365



O artigo “The History/Origin of New Years Day”, da publicação “US News & World Report” afirma: “Em 46 AC, o imperador romano Julio César foi o primeiro a estabelecer a data de primeiro de janeiro como dia de Ano Novo... César celebrou o primeiro Ano Novo de primeiro de janeiro ordenando o destroçar das forças revolucionárias judaicas na Galiléia. Testemunhas oculares dizem que o sangue jorrou nas ruas. Nos anos seguintes, os pagãos romanos observavam o Ano Novo praticando orgias e bebedeira - um ritual que eles criam constituir uma representação do mundo caótico que existia antes do cosmos ter sido ordenado pelos deuses.”

O Calendário Romano foi modificado novamente em 8 d.C., pelo imperador Augusto, determinando que os anos bissextos ocorressem de quatro em quatro anos, e não a cada três anos. O Senado Romano mudou o nome do mês Sextilis para Augustus em homenagem ao imperador Augustus, e para que o mês consagrado ao imperador Augusto não ficasse com 30 dias, inferior ao mês em homenagem a Julio César com 31 dias, foi retirado um dia do mês de Februarius, que passou de 29 para 28 dias, cedendo um dia para o mês em homenagem a Augusto, que passou de 30 para 31 dias, com o mês seguinte ao de Augusto também já tinha 31 dias, e para não ficar três meses seguidos de 31 dias, o Calendário de Augusto mudou a quantidade dos dias dos últimos 04 meses, alternando 30, 31, 30 e 31 dias.

Um Principado específico de Roma: Jano, é um deus do panteão romano que não possui correlato entre os gregos, é o deus específico de Roma. O nome Jano é associado à palavra janua “portas em forma de arco”, ou “aquilo que abre e fecha”. Era protetor de todas as saídas e entradas, guardando as portas das casas, das cidades e os portais do céu. Jano possui dois símbolos, a chave e o báculo, semelhante aos que os porteiros utilizavam para fechar e defender os portais das cidades. Curiosamente o templo de Jano, situado na extremidade mais alta do Fórum de Roma, tinha doze portas, a mesma quantidade de portas da Yerusalayim (Jerusalém) Celestial.

O Calendário Gregoriano (que é o utilizado no Brasil) foi promulgado pelo Papa Gregório XIII em 24 de Fevereiro do ano 1582, em substituição ao Calendário Juliano.

Como a Igreja Romana associou a figura de Kefa (Pedro) com o deus Jano, passando a ser representado com as chaves dos portais do céu, e transformou Pedro no primeiro Papa, foi cômodo para o Papa Gregório XIII manter o calendário pagão de Roma, como oficial da Igreja Romana, inclusive com a honra a Jano no primeiro mês que por correlação representa também o Papa, já que este se assentou no “Trono de Pedro”. Papa Gregório XIII manteve também os nomes dos demais deuses e imperadores romanos.

Este novo calendário foi adotado por países da Igreja Católica, entretanto, a Igreja Ortodoxa não aceitou seguir esta mudança, optando pela permanência no Calendário Juliano o que explica hoje a diferença de 13 dias entre estes dois calendários.

As nações foram gradativamente aderindo ao Calendário Gregoriano, o processo durou séculos. Primeiramente foi adotado por países católicos: Itália, Portugal, Espanha e França; e depois sucessivamente pela maioria dos países católicos europeus. Mas os países protestantes resistiram por muito tempo, com a Alemanha que só adotou em 1700 e o Reino Unido (Inglaterra) em 1751. Outros países, como a Grécia passou a adotar o Calendário Gregoriano em 1923 e a Turquia em 1927.

Uma imagem do deus Jano está em Roma no Vaticano, o que é bem pertinente, e pode ser pesquisada nos sites de busca de imagem na internet “Jano Vaticano”.

Embora a Torá diga:

Deut. 7:1, 5, 25 e 26 “Quando YHWH, teu Elohim, te introduzir na terra a qual passas a possuir, e tiver lançado muitas nações de diante de ti... Porém assim lhes fareis: derribareis os seus altares, quebrareis as suas colunas, cortareis os seus postes-ídolos e queimareis as suas imagens de escultura... As imagens de escultura de seus deuses queimarás; a prata e o ouro que estão sobre elas não cobiçarás, nem os tomarás para ti, para que te não enlaces neles; pois são abominação a YHWH, teu Elohim. Não meterás, pois, coisa abominável em tua casa, para que não sejas amaldiçoado, semelhante a ela; de todo, a detestarás e, de todo, a abominarás, pois é amaldiçoada.”

A Igreja Romana defende não só a preservação das imagens dos deuses, como põe tais ídolos em posições de horas com todas as pompas em seus museus, mais luxuosos que os templos do passado. Além de praticar o sincretismo.

A data anterior ao Ano Novo também marca o dia de um santo católico, responsável por mais brutalidade, e até hoje é conhecido como “Dia de São Silvestre” - que, no Brasil, também dá nome à famosa maratona. Sobre isso, o artigo continua e afirma: “O termo para as celebrações da noite de Ano Novo, “Silvestre”, era o nome do “santo” e papa romano que reinou durante o Concílio de Nicéia (325 DC.) No ano antes do Concílio de Nicéia ser convocado, Silvestre convenceu Constantino a proibir os judeus de morarem em Jerusalém. No Concílio de Nicéia, Silvestre assegurou a passagem de uma miríade de leis viciosamente antissemitas. A todos os ‘santos’ católicos é assegurado um dia no qual os cristãos celebram e pagam tributo à memória do santo. O dia 31 de dezembro é o Dia de São Silvestre - e assim as celebrações na noite de 31 de dezembro são dedicadas à memória de Silvestre.” (ibid)

Portanto os seguidores do Messias não devem celebrar o calendário romano. Devem celebrar as festas bíblicas segundo o calendário bíblico, entretanto o calendário atual de Israel não corresponde exatamente ao Calendário Bíblico, mas este é um assunto para outro estudo.













Como podemos combater contra o Principado de Roma se reconhecermos que ele tem autoridade sobre nós quanto a definição do Tempo, dos Dias, Meses e Anos, festejando o seu calendário, sendo guiado e orientado por ele? Sair de Bavel (Babilônia) não é fácil, nem simples, mas é necessário.

O Brasil utiliza como calendário oficial o calendário de Roma adaptado pelo Papa Gregório, portanto nas atividades seculares, como nas profissionais, escolares e etc. não há como evitar usá-lo. Entretanto nas datas espirituais e pessoais devemos seguir o calendário bíblico.

Muitos feiticeiros e adivinhos têm suas previsões para o ano novo (Kalendas de Juno), infelizmente muitos servos do Messias, enganados, seguem o mesmo exemplo trazendo “palavras proféticas” como vindas do Senhor para o Ano Novo do Calendário Gregoriano/Romano, como se o Eterno reconhecesse a autoridade Romana e Papal sobre o Tempo e considerasse o Calendário Gregoriano/Romano para referenciar suas profecias.



Muitos entre os gálatas que serviam ao Messias tinham vindo da religião Greco-romana, na qual serviam aos ídolos em suas festas baseadas em dias, meses, tempos e anos do calendário pagão. É contra isso que Sha’ul (Paulo) escreve em sua carta, confira o texto a seguir:

Gálatas 4:8-11 “Outrora, porém, não conhecendo a Elohim, servíeis a elohim que, por natureza, não o são; mas agora que conheceis a Elohim ou, antes, sendo conhecidos por Elohim, como estais voltando, outra vez, aos rudimentos fracos e pobres, aos quais, de novo, quereis ainda escravizar-vos? Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. Receio de vós tenha eu trabalhado em vão para convosco.”

Alguns teólogos deturpam querendo induzir que Sha’ul estava se referindo neste texto sobre o calendário bíblico, estabelecido pelo próprio Elohim, entretanto Sha’ul deixa claro que ele estava falado de rudimentos pagãos que escravizam através da observância de dias, meses, tempos e anos, que eles seguiam antigamente quando não conheciam a Elohim Verdadeiro e seguiam aos ídolos, aos falsos elohim. Na Bíblia na Linguagem de Hoje este texto fica bem mais claro, você poderá consultar em http://www.bibliaonline.com.br/ntlh/gl/4.



Sha’ul (Paulo) não poderia estar dizendo que a observância do calendário bíblico era rudimentos fracos e pobres, que gerava escravidão, pois ele mesmo, muitos anos como seguidor do Messias usava o calendário bíblico:

Atos 20:6 “Depois dos dias de Matsá [dos pães asmos], navegamos de Filipos e, em cinco dias, fomos ter com eles naquele porto, onde passamos uma semana.”

Atos 20:16 “Porque Sha’ul já havia determinado não aportar em Éfeso, não querendo demorar-se na Ásia, porquanto se apressava com o intuito de passar o dia de Shavu’ot [Pentecostes] em Yerushalayim [Jerusalém], caso lhe fosse possível.”



I Co 16:7-9 “Porque não quero, agora, ver-vos apenas de passagem, pois espero permanecer convosco algum tempo, se o Senhor o permitir. Ficarei, porém, em Éfeso até Shavu’ot [Pentecostes]; porque uma porta grande e oportuna para o trabalho se me abriu; e há muitos adversários.”

Portanto o que Sha’ul criticou foi a observância do calendário pagão. Como vimos neste estudo o calendário de Roma é consagrado a ídolos e a governantes ímpios de Roma, repleto de dias festivos em honra a deuses, com práticas de orgias em seus festivais, contra isso é que Sha’ul critica, e infelizmente muitos seguidores do Messias ainda continuam a comemorar este calendário pagão.

Mas referente ao calendário bíblico Sha’ul diz que não devemos ser julgados por segui-lo:

Colossenses 2:16 e 17 “Portanto, ninguém vos julgue pelo que comem e bebem, ou por causa [dos dias] de festa, ou da lua nova [Rosh-Hodesh, o início do mês], ou de shabatot [sábados], que são prenúncios [sombras, projeções] das coisas futuras, o corpo [que é projetado], porém é do Messias. ”

O texto diz que não devem ser julgados por estas coisas, e não por não fazer estas coisas. Ou seja, eles comiam e bebiam, celebravam as festas bíblicas, seguiam o calendário bíblico (cujos meses começam na lua nova) e não deviam ser julgados por isso, como alguns julgam dizendo que os que observam tais coisas, como o shabat (sábado) estão se afastando do favor imerecido do Senhor. Ainda que alguém interpretasse que eles não deveriam ser julgados por não comemorarem, por exemplo, uma festa bíblica, ainda assim não poderia usar o texto para julgar os que festejam. Pois o texto não traz uma proibição do que o que o Senhor mesmo ordenou cumprir, o texto não proíbe, pelo contrário diz “ninguém vos julgue”, pois são projeções do corpo do Messias, de coisas que ainda irão se cumprir. O termo “sombra” não deve ser tomado como negativo, mas “Porque, agora, vemos por espelho em enigma; mas, então, veremos face a face; agora, conheço em parte, mas, então, conhecerei como também sou conhecido.” I Co 13:12. Ou seja, o calendário bíblico aponta para o Messias, suas festas profetizam sobre ele, sobre a vinda, a morte, a ressurreição, a volta gloriosa, o reino de descanso milenar e seu “tabernacular” final conosco, na nova terra.

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